Peguei num punhado de Areia e atirei-a às engrenagens da minha existência. Menti-me. Disse-me que limaria as arestas que tão carecidas de aperfeiçoamento estão. Sim, disse-me que com a Areia me poliria! Mas cada movimento arranha e por mais que tente...por mais que pense e atente na procura do melhor ângulo, da pressão certa e da exacta rapidez, nunca haverá polir neste arear. O cérebro bloqueia, o coração entope e há somente moer.
Enfeitiçado pela ideia de um oásis, ceguei-me com uma miragem. E mesmo sabendo que acabaria mirrado, consumi-me em quereres sedentos. Mesmo sabendo, enganei-me a não saber.
Peguei noutro punhado de Areia e pulverizei um pouco mais a minha existência.
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